terça-feira, 3 de novembro de 2009

AS RESPOSTAS DA ENTREVISTA!!!!!

O ALBERTO VILLAS RESPONDEU, VEJAM SÓ QUE BACANA!!!!

1. O que escrever significa para sua vida?

Tudo. Escrever para mim é um grande prazer, chega a ser um vício. Escrevo sempre alguma coisa todos os dias. Absolutamente todos os dias. Isso religiosamente desde o dia primeiro de janeiro de 1975. Façam as contas.

2. Você tem prazer em escrever? Escrever para você é um lazer?

É uma mistura de prazer com lazer com trabalho. Acho ótimo escrever, me divertir, sofrer um pouco, e ver o resultado.

3. Sobre qual assunto você mais gosta de escrever?

Sobre a transformação que minha geração viu o mundo passar. Minha geração viu nascer o celular, o computador, a tv em cores, o carro à álcool, o fax, o cartão de crédito, a caixa eletrônica, o Ipod...

4. Por que vc usa tantos termos antigos em seus textos?

Para que eles não caiam no esquecimento. Acho que com os meus livros estou reunindo histórias da vida como ela foi. As pessoas se divertem muito com essas histórias pelo que sinto.

5. Por que vc escreve livros relativamente ligados ao passado? Seu passado é marcante para vc?Qual o marco para você, que iniciou sua carreira de cronista?

Eu estou lendo um livro sobre a vida do Walt Disney. Lá o escritor conta que ele viveu apenas os dez primeiros anos de sua vida numa cidadezinha americana e passou a vida inteira contando casos dessa cidadezinha, de quando ele era pequeno. Comigo acontece o mesmo. Os anos que mais lembro da minha vida são os primeiros anos que passei em Belo Horizonte. O marco mesmo da minha carreira de cronista foi o dia em que vi o meu primeiro livro - O Mundo Acabou! - impresso.

6. Para ser um escritor tem que gostar de ler e ser bem articulado.Você sempre foi assim?

Sim, a leitura é um hábito. A partir do momento que a gente começa a ler e gostar não paramos mais. Nada nesse mundo ajuda mais as pessoas a ter uma vida bacana que a leitura. Ler é viajar, é aprender, é o máximo.

7. Desde quando você escreve?

Desde o dia em que aprendi a ler, com sete anos. Naquela época as pessoas só começavam a ir na escola com sete anos.

8. Se sua verdadeira paixão é escrever crônicas porque se formou em ser jornalista? O que te inspirou a ser escritor?

Porque jornalismo é uma carreira que faz a gente escrever e ler muito. Então eu juntei a fome com a vontade de comer.

9. As suas crônicas são baseadas em fatos que já aconteceram? Qual é a relação entre ficção e realidade nas suas crônicas?

O escritor Manoel de Barros costuma dizer que ele escreve memórias inventadas. Adoro esse termo. Muitas vezes a partir de um pequeno fato que aconteceu na nossa vida a gente pode contar uma grande história. Não inventando mas recheando um pouco, dando asas à imaginação.

10. Em que/quem você se inspira para fazer as suas crônicas?

Na vida, no dia-a-dia, observando o que as pessoas fazem e falam. Adoro andar na rua. Não sei e nunca quis dirigir automóvel. Acho que isso me ajuda muito a ver a vida de perto, na calçada.

11. "Ela é muito prafentex" foi inspirado em quem?

Nas meninas avançadinhas da minha juventude. Bastava uma namorar um, depois namorar outro que era considerada prafrentex...

12. Quais são os seus cronistas favoritos?

Sem dúvida, o que mais gosto é o Antônio Prata. Ele tem uma coluna semanal no jornal O Estado de S.Paulo e outra na revista Runners. Não sei se ainda escreve na Capricho. Escrevia também na Capricho. Gosto do Joaquim Ferreira dos Santos, do Arthur Xexeo e do Luis Fernando Veríssimo que escrevem no Globo. Dos antigos, que já foram. adoro Paulo Mendes Campos, Rubem Braga, Fernando Sabino, Otto Lara Rezende, Antônio Maria.

13. Qual é o seu momento em que está mais concentrado para começar a escrever uma crônica?

A partir de 7 horas da manhã quando o silêncio é total na minha casa.

14. Quando você começou a escrever crônicas você imaginou que iria fazer tanto sucesso?

Não. Não tinha a menor idéia se as pessoas iriam ou não gostar das minhas histórias.

15. Dentre os livros que escreveu qual é o seu preferido, porque?

Todos, cada um com sua particularidade. Ultimamente estou gostando muito do que estou escrevendo e que vai se chamar Onde foi parar o nosso tempo? Nele questiono onde foi parar o tempo que ganhamos com a tecnologia e a modernidade do mundo.

16. Qual dos seus livros fez o maior sucesso entre os leitores?

O Mundo Acabou! que já vendeu 40 mil exemplares num país que a tiragem é de 3 mil. Admirável Mundo Velho! já vendeu 14 mil.

17. Não quero ser cronista mas tenho vontade de que uma das minhas crônicas seja famosa"igual" as suas, o que eu faço?

Ler, ler e ler. E escrever. Inventar uma linguagem para suas histórias, não tentar imitar ninguém.

18. Que profissão você mais gosta: ser um jornalista ou um cronista?

Gosto de ser jornalista e escritor ao mesmo tempo. Uma coisa casa com a outra.

19. Por que quando seus filhos nasceram você fez um diário contando passo-a-passo sobre a vida e os momentos importantes e ruins de cada um deles ?

Eu sempre quis saber o que estava acontecendo na minha casa, no Brasil, no mundo, quando eu nasci. Quando eu fiz um ano, dois, cinco, dez... Então achei que poderia dar esse presente aos meus filhos. Acho muito legal ter esse registro que começou como uma brincadeira e acabou virando um diário da vida privada de uma família de classe média.

20. Quando vocês se mudaram da França você já escrevia crônicas?

Escrevia reportagens e gostava de escrever contos, ficção. Quando percebi que as histórias que vi e vivi eram mais interessantes e engraçadas que as que eu imaginava, inventava, achei melhor contar os meus casos.

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