terça-feira, 20 de outubro de 2009

A LIGAÇÃO NÃO ENTENDIDA

Em um certo dia,uma garota chamada Carol estava na sala pensando se Daniel(o garoto q ela gosta) à ligaria para combinar dos 2 sairem,
O telefone toca.
-Alô?!(Carol fala)
Daniel fala:
-Alô?!É vc Carol?
Mas Carol não ouve o q Daniel fala,na verdade nem sabia quem estava falando.Carol continuou:
-Alô?!Eu não estou te ouvindo!
Daniel ouvia o q ela dizia e achava q era brincadeira dela.Ele ficou nervoso e soltou os cachorros nela e foi nessa hora q ela ouviu tdo.Ele disse:
-Vc não sabe brincar e ainda por cima eh surda e eu q pensei em te chamar para sair!

Ass:Fernandinha

ZOIÚDA

Zoiúda Por Luiz Vilela
Zoiúda... Foi numa noite que ele conheceu Zoiúda. Foi numa noite — e nem poderia ser de outra forma, já que, como as prostitutas e as estrelas, as lagartixas também são seres da noite e só nela ou de preferência nela se mostram- que ele a viu pela primeira vez.Era uma sexta-feira, ele tinha acabado de chegar da rua: quando se aproximou da talha para tomar um copo d'água, lá estava a lagartixa, na parede, perto do vitrô que dava para a área de serviço do apartamento onde morava, no décimo andar. Era esbranquiçada, um pouco mais cabeçudinha que o comum e quase rabicó. Mas foram os olhos, foram os olhos o que mais lhe chamou a atenção: exorbitados, duas bolinhas brilhantes, parecendo duas miçangas. Observou-a mais um pouco, acabou de tomar a água e, o corpo pedindo cama depois dos muitos copos de chope, ele foi dormir.
Na noite seguinte — de novo o bar, de novo as conversas e as bebidas, conversas e bebidas que só serviam para matar o tempo e para matar dentro dele alguma coisa que ele não sabia bem o quê, mas que sabia ser essencial —, ao chegar em casa, acender a luz da cozinha e se aproximar da talha, viu de novo a lagartixa, quase no mesmo lugar da véspera. Sim, era ela, ele não tinha a menor dúvida, apesar de estar meio de porre: ali estava o toquinho de rabo, ali estavam os olhos, os olhos desmedidos. "Zoiúda", disse, como que batizando-a. Nela, nenhuma reação, a não ser, pareceu-lhe, estatelar mais ainda os já de si estatelados
olhos. E ficaram os dois novamente se olhando, ele pensando se haveria naquela cabecinha algo como o pensamento, algo que...Na terceira noite, domingo, o mesmo bar e os mesmos amigos e as mesmas conversas e bebidas, ele, num momento de quase convulsivo tédio ("isso mesmo", se diria depois, "convulsivo tédio"), lembrou-se de Zoiúda, isolando-se por alguns minutos do ambiente ao redor, um leve sorriso lhe aflorando aos lábios. "O que foi?", perguntou a amiga que estava a seu lado, na mesa. "Estou me lembrando da Zoiúda", ele respondeu. "Aquela dos nossos tempos de faculdade?", perguntou a amiga. "Não", ele disse, "é outra; essa eu acho que nem chegou a prestar o vestibular..."."Zoiúda, Zoiudinha", disse em voz alta, depois de entrar em casa e acender a luz. Como em quase todas as noites, foi direto à cozinha. Mas... Zoiúda não estava lá. Não estava. Ficou meio decepcionado. Tinha certeza que... Chamou-a, uma vez, duas, três, esperando que ela, ouvindo sua voz, aparecesse, vinda lá de fora, da área ou até do paredão do prédio; mas ela não apareceu."Essas mulheres... A gente não pode mesmo confiar..." Aliás aquela, ele pensou, não só mulher não era, como talvez nem fêmea fosse, pois lera uma vez que nas espécies animais o macho quase sempre tem a cabeça maior; além disso, a cauda... A cauda, a cabeça e tinha
ainda mais alguma coisa, alguma coisa que ele até agora, de manhã, no carro, estava tentando lembrar, enquanto se dirigia para a escola (uma escola pública num dos bairros mais longes da capital, onde dava aulas de português para um bando de adolescentes desinteressados e distraídos). Não, não lembrava; podia desistir. Mas também, diabo, que importância tinha aquilo? Nenhuma, nenhuma importância.
"Apareceu uma lagartixa no meu apartamento", contou, no intervalo. "Uma?", o colega admirou-se. "Pois lá em casa, uma ocasião, tinha umas 300. Mas aí eles me ensinaram um veneno, e eu pus: não ficou uma só para contar a história. Se você quiser, eu posso te passar o nome”. "Eu tenho pavor", confessou a colega, "eu tenho pavor de lagartixa. Se eu souber que tem uma dentro de casa, eu simplesmente não durmo. Uma vez eu quase telefonei chamando o Corpo de Bombeiros, vocês acreditam?". "Acho que eu sou meio maluco", ele disse, "acho que eu sou mesmo meio maluco" — mas nenhum dos dois estava mais prestando atenção nele.À noite, naquela plena segunda-feira, ele não saiu, substituindo o bar pela TV — a mesmice pela idiotice, pensou. Sentou-se só de short (era outubro, um calorão danado), acomodou-se na poltrona da sala, pegou o controle remoto e ligou a televisão. Algum tempo depois, ao sentir sede, foi até a cozinha e... "Zoiúda!", exclamou, com a alegria de um menino, "você está aí!...". Estava; ali estava ela de novo, próximo à talha, e, como sempre, permaneceu impassível — ou lá dentro, àquela hora, o minúsculo coração também estaria batendo um pouquinho mais forte?...O certo é que, entre aparições e desaparições, entre o atento silêncio dela e as peremptórias declarações dele — "Zoiúda, tirando minha mãe, você é a única criatura que eu amo hoje no mundo" —, Zoiúda passou a ser para ele uma... uma espécie de companhia. Afinal, num apartamento onde havia somente ele de gente e onde, por dificuldade em criá-los, não havia cachorro, gato ou passarinho, ela era uma presença, um ser vivo a quem ele podia dirigir a palavra, embora não houvesse resposta — mas para que resposta? Não queria resposta. Queria apenas falar. Apenas isso. "Né, Zoiúda?”E assim, como nas histórias antigas, foram se passando os dias. Até que, tendo de fazer uma viagem e se ausentar por uma semana, ao voltar, ele não viu mais Zoiúda. Partira para outras bandas? Morrera? Ele não sabia. O fato é que não a viu mais, em nenhuma noite.Sentiu falta dela? Imagine; imagine um homem sentir falta de uma lagartixa... Claro que ele não sentiu. Mas sentiu — tinha de admitir — que aquele apartamento ficara um pouco mais vazio e aqueles fins-de-noite um pouco mais tristes.
ass:Patricia

TROTE DO NINGUÉM

- Alô quem fala?
- Quem fala é o José. Com quem eu falo?
- Você fala com a pessoa que está do outro lado da linha.
- Ah, do outro lado da linha? Espera ai, eu já vou ver quem está do outro lado da linha.
- Isso mesmo vai seu bobo.
- Que?
- Nada não. Vai ver quem está lá.
- Já vou, só um minuto. Mas não tem ninguém lá.
- É isso ai seu bocó.
- Bocó é a mãe.
- Só se for a sua que não te deu educação.
- Tá, parei, mas num diz com quem você quer falar.
- Eu.
- Você.
- Ah sim, eu quero falar com alguém.
- Alguém, espera aí, deve de ser a sua mulher, porque mulher de ninguém deve ser alguém e seus filhos ninguenzinhos e alguemzinhos.
tu, tu,tu,tu,...

Provavelmente era trote.

Ass: Ana Clara Silva
-

A VIAGEM

Um dia o homem e sua mulher decidiram viajar, só que houve um imprevisto e ela não pode viajar. Então a mulher falou para seu marido:
- Vai primeiro que eu vou depois.
E assim aconteceu, seu marido foi e ela foi depois. A mulher diz:
- Vai com Deus, só que quando você chegar lá você me liga pra dizer como chegou.
No dia seguinte o marido liga, mas errou o número, ele ligou para uma senhora que acaba de enterrar seu marido.
Entçao ele disse:
- Oi amor eu acabei de chegar mas não precisa trazer muita roupa por que aqui tá fazendo um calor infernal....

Ass: Marjorie

ESTRESSADOS

O camarada num bagaço só, vai ao médico e todo nervoso, começa a se queixar-se de tudo.
- Tô sofrendo disso, to mal daquilo.
Era só reclamação, o médico ouve pacientemente e depois tenta acalmá-lo:
- O senhor está estressado, não se preocupe, isso hoje em dia é muito comum. o importante é detectar qual o principal problema que o aflige. Pos exemplo mês passado teve uma senhora aqui num estado pior que o seu. Fez-me muitas queixas e descobri que seu maio r pesadelo era uma dívida imensa que ela tinha com uma loja. Eu lhe aconselhei a não pensar mais nisso e ficou bom!
- É né... só que o dono da loja onde essa senhora tem essa dívida imensa sou eu!

Ass: Júlia

BRIGA

briga

em um dia lindo de sol,um colega de pedro foi na casa dele no final do dia eles começaram a brigar:
-eu sou mais forte
-nao e
-quem e que tem caraca no suvaco
-voce
-eu nao
-voce todo dia voce vem aqui em casa e toma seu banho so para tirar as caracas
- e voce que vai lar so para......................................voce ja foi na minha casa?
-nao
-a ta
-amanha voce vai la ta
-ta
-tchau ate mais
-tchau
no outro dia ele foi na casa dele
-oi
-oi
-hara aqora voce veio na minha casa
-vim e da i
-agora voce tinha que me pedir para lavar seu suvaco
-nao para que
-a vain enbora
-ta
-tchau
-tcahu
-a voce sabia que seu fgilho gosta mais de mim
-sssssssssssssssssaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaiiiiiiiiii da minha casa seu.................................................!
-tchau



MATHEUS

LUIZ VILELA POR ANA LUIZA 2


Nasceu em Ituiutaba, MG, em 1942). Filósofo, romancista
e contista. Estreou na literatura aos 24 anos, com o livro de
contos Tremor de terra, pelo qual recebeu o Prêmio Nacional
de Ficção em Brasília. Participou de vários projetos literários como
A Revista e a Página dos Novos, editada pelo jornal Estado de Minas.
Foi, também, premiado no I e II Concurso Nacional de Contos, do Paraná.
Seus contos, romances e novelas já foram traduzidos em vários países,
México. Alguns de seus livros: Tremor de terra (1967), O fim de tudo (1973), livro de contos com o qual ganhou o Prêmio Jabuti, Lindas pernas (1979), Entre amigos (1983), Os melhores contos de Luiz Vilela (1988), Te amo sobre todas as coisas (1994), Boa de garfo e outros contos (2000), Histórias de família (2001), A cabeça (2002), Bóris e Dóris (2006). Seu lançamento mais recente é o romance Perdição (2008). É considerado um dos melhores contistas da atualidade, e Depois de alguns períodos morando em São Paulo, nos EUA e na Espanha, vive atualmente em sua cidade natal.
Ass:Ana Luiza

ESTUDANTE

estudante


em uma escola em Canadá la era uma escola muito aplicada e
todos os alunos levavam fruta para as professoras exeto um
aluno que se chamava Carlos.
numa segunda feira a professora pede para que seu aluno
Carlos fosse no recreio a sala dela para ela conversar com ele.


no recreio ......


-Carlos eu acho que você e um aluno muito maldoso ,

- ora mais porque professora eu fasso todos o dever de casa....

-faz mais naõ disse que faz bem feito você só faz mal feito .

- eu tiro notas boas nas provas.

- eu sei que você cola nas provas e cola da sua colega nerd a Clarisci.

-eu tenho caderno completo .

- e isso e verdade pois você só tem caderno completo porque sua mãe
se ela ver seu caderno incompleto ela estrasalha você.

-professora você anda espiando minha casa ?

e a professora reflectia pensando bem o que eu falo ..

- eee bom ...

falou ela gargarejando..

-sabe eu passei enfrente sua casa semana passada e sua mãe falou que queria ver
o seu caderno e você mostrou só que estava em completo .

- seu filho idiota ,e burro e naõ presta atenção nas aulas burro ...vou
te bater tanto que você vai ate ficar com a bunda assada de dor do meu
chinelo de numero 49

- não mamãe não me bate ...

e eticc

já chega professora cansei vou comer alguma coisa ...

no dia seguinte .....

- ola professora eu trouxe uma maçã para você !

- ora obrigada Carlos

-só que no recreio quando a professora foi morder a maçã ela viu que era uma maça
de mentira ....

- ai o Carlos falou professora gostou da maçã?

- eu não acredito que você me deu uma maça de mentira

- eu dei mas ontem você não falou que tinha que ser uma maça de verdade para você comer.

- a Carlos eu conto para a tua mãe

-não ela me mata hoje .

fim



ass ana luiza

LUIS FERNANDO VERÍSSIMO POR ANA LUIZA

Luis Fernando Verissimo (Porto Alegre,


brasileiro. Mais conhecido por suas crônicas

e textos de humor, publicados diariamente

em vários jornais brasileiros, Verissimo é t

ambém cartunista e tradutor, além de roteirista

de televisão, autor de teatro e romancista bissexto.

Já foi publicitário e copy desk de jornal. É ainda músico,

tendo tocado saxofone em alguns conjuntos. Com

mais de 60 títulos publicados, é um dos mais populares

escritores brasileiros contemporâneos. É filho do também escritor Érico Verissimo
ass: ana luiza

LUIZ VILELA POR FERNANDA




Luiz Vilela
nasceu em Ituiutaba (MG), em 1942. Aos 24 anos, estreou na literatura brasileira com o livro de contos "Tremor de Terra", e com ele ganhou, em Brasília, o Prêmio Nacional de Ficção. Foi premiado também no I e no II Concurso Nacional de Contos, do Paraná, e recebeu ainda o Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, para o melhor livro de contos do ano, com "O Fim de Tudo". Suas obras já foram traduzidas nos Estados Unidos, Alemanha, França, Inglaterra, Itália, Suécia, Polônia, República Tcheca, Argentina, Paraguai, Chile, Venezuela, Cuba e México. Outros livros do autor: "No Bar" (contos), "Tarde da Noite" (contos), "Contos Escolhidos", "Lindas Pernas" (contos), "O Inferno é Aqui Mesmo" (romance), "O Choro no Travesseiro" (novela), "Entre Amigos" (romance), "Uma Seleção de Contos", "Contos", "Os Melhores Contos de Luiz Vilela", "Graça" (romance), "O Violino e Outros Contos", "Te Amo sobre Todas as Coisas" (novela), "Contos da Infância e da Adolescência", “A cabeça” (contos) e "Bóris e Dóris" (novela).

Assim como Luís Verissimo,Luis Vilela também eh um ótimo cronista e suas obras saum famosas no Brasil(principalmenti) e no Mundo.
Ass:Fernandinha


DILEMA DE PAI E FILHA

Um pai discuti com sua filha:

-Como vc faz isso comigo!Traz uma amiga aqui sabendo
que eu não esto em condições de sustentar por dois dias mais uma pessoa!

-Mas pai sempre quado agente precisa ela nós ajuda e agora ela precisa e não iremos ajuda-la!

-Mas filha aquela sua amiga e muito chata e vive contando piadas sengraça!

-Ela não e chata e só vc acha as piadas dela sem graça!

-Como é aquela piada que ela conta mesmo, do homem sem braço!

-E assim:Um homem estava deprimido pois avia perdido um braço, do alto de um predio pensando em se suicidar ele ver um homem sem os dois braços e dançando todo feliz.Então ele desse do predio e pergunta para o moço,como ele pode ser tão feliz sem os dois braços e o moço vira e fala para ele que mane sem braço oque eu to e cossando meu cú!

-Vio que piada mas sem graça!

-Eu não acho.

-Pai o negocio e o ceguinte,minha amiga ja esta vindo e eu não vou desmarca com ela!

-Fazer oque,então vou comprar os óculos amarrom da sua mãe!

-Pai não e amarrom é marrom,vio perfeitão depois vc fala da minha amiga!
Autora:Maiara

A PIZZARIA DE MENTIRA E A CASA DE VERDADE!!!!!!!!!!!!!!

A pizzaria de mentira e a casa de verdade!
Lá estava eu bem fazendo meu dever de casa e derepente o telefone tocou!
-filha atende o telefone estou oucupada
-ta bom! que bosta
-Alo!
-Alo eu quero uma pizza de calabreza misturada com frango e muito presunto...
-Senhor voce pirou de vez né!!!! Aqui nao é pizzaria e eu nao posso fazer essa pizza porque(5 segundos)PORQUE AQUI NAO É UMA PIZZARRIIIAAAAAAAAAA
-mais....mais....mmaiisss
-Mais nada vai prouçurar essa pizza la no cafundeu de judas!!!!! tchau!
-mais....maiss... vc tem certeza que ai nao é uma pizzaria
-NNNNNNNNNÃÃÃÃÃOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO !!!!!! QUE SACO
-Tambom tchau ♠
-Tchau
Perguntas :Oque vc acha que aconteçeu ??????
será que ele ficou satisfeito ???????
responda ta!!!!
ass:Patricia

DECLARAÇÃO DE AMOR

DECLARAÇÃO DE AMOR♥
Tentei dizer quanto te amava, aquela vez, baixinho
mas havia um grande berreiro, um enorme burburinho
e, pensado bem, o berçário não era o melhor lugar.

Você de fraldas, uma graça, e eu pelado lado a lado,
cada um recém-chegado você em saber ouvir, eu sem saber
falar.

Tentei de novo, lembro bem, na escola.

Um PS no bilhete pedindo cola interceptado pela
professora como um gavião.

Fui parar na sala da diretora e depois na rua
enquanto você, compreensivelmente, ficou na sua.

A vida é curta, longa é a paixão.
Numa festinha, ah, nossas festinhas, disse tudo:
"Eu te adoro, te venero, na tua frente fico mudo"
E você não disse nada. E você não disse nada.

Só mais tarde, de ressaca, atinei.
Cheio de amor e Cuba, me enganei e disse tudo para uma
almofada.

Gravei, em vinte árvores, quarenta corações.
O teu nome, o meu, flechas e palpitações:

No mal-me-quer, bem-me-quer, dizimei jardins.

Resultado: sou persona pouco grata corrido a gritos de
"Mata! Mata!" por conservacionistas, ecólogos e afins.

Recorri, em desespero, ao gesto obsoleto:

"Se não me segurarem faço um soneto"
E não é que fiz, e até com boas rimas?
Você não leu, e nem sequer ficou sabendo.
Continuo inédito e por teu amor sofrendo
Mas fui premiado num concurso em Minas.

Comecei a escrever com pincel e piche num muro branco, o
asseio que se lixe, todo o meu amor para a tua ciência.

Fui preso, aos socos, e fichado.

Dias e mais dias interrogado: era PC

Luis Fernando Veríssimo

ass:Larissa Giovana

A INVENÇÃO DO "O"

A INVENÇÃO DO ''O''
Na era da pedra lascada
da língua falada
antes de inventarem a letra
que imitava a lua
as palavras diziam nada
e nada levava a nada
(aliás, nem precisava rua).
A frase ficava estática
de maneira majestática
a grandes falas presumíveis
permaneciam indizíveis
- imagens invisíveis
a distâncias invencíveis.
Vivia-se em cavernas mentais
numa inércia dramática.
Ir e vir, nem pensar
ninguém mudava de lugar
que dirá de sintática.
Aí inventaram o "O"
e foi algo portentoso.
Assombroso, maravilhoso.
Tudo começou a rolar
e a se movimentar.
O Homem ganhou "horizontes"
e palavras viraram pontes
e hoje existe a convicção
que sem a sua invenção
não haveria Civilização.
Um dia, como o raio inaugural
sobre aquela célula no pantanal
que deu vida a tudo,
veio o acento agudo.
E o homem pôde cantar vitória.
E começou a História.
(Depois ficamos retóricos
e até um pouco gongóricos).

Luis Fernando Veríssimo

ass:Patricia