terça-feira, 15 de setembro de 2009

AS COBRAS


Luis Fernando Verissimo nasceu em 26 de setembro 1936, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Filho do grande escritor Érico Veríssimo, iniciou seus estudos no Instituto Porto Alegre, tendo passado por escolas nos Estados Unidos quando morou lá, em virtude de seu pai ter ido lecionar em uma universidade da Califórnia, por dois anos. Voltou a morar nos EUA quando tinha 16 anos, tendo cursado a Roosevelt High School de Washington, onde também estudou música, sendo até hoje inseparável de seu saxofone.
É casado com Lúcia e tem três filhos.aSS:jÚLIA

O QUE É CRÔNICA? POR ANA LUIZA


ass: ana luiza

LUIS FERNANDO VERÍSSIMO POR ...

Luis Fernando Verissimo nasceu em 26 de setembro 1936, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Filho do grande escritor Érico Veríssimo, iniciou seus estudos no Instituto Porto Alegre, tendo passado por escolas nos Estados Unidos quando morou lá, em virtude de seu pai ter ido lecionar em uma universidade da Califórnia, por dois anos. Voltou a morar nos EUA quando tinha 16 anos, tendo cursado a Roosevelt High School de Washington, onde também estudou música, sendo até hoje inseparável de seu saxofone.
É casado com Lúcia e tem três filhos.

MISSÃO NÚMERO CINCO

AO LER AS CRÔNICAS 5, 6, 7, 8 E 9 PERCEBAM QUE TODAS ELAS TRATAM DE ASSUNTOS SOBRE OS "TEMPOS MODERNOS", AS NOVAS TECNOLOGIAS E OS CONFLITOS DE GERAÇÃO ENVOLVIDOS NESSE PROCESSO, PENSEM NISSO ANTES DE RESPONDER AS PERGUNTAS.

SARA VILLAS

O QUE É CRÔNICA? POR MATHEUS


crônica para mim é uma coisa muito interessante ,que fala de coisas bem legais e eu adoro o gtd de cronicas eu vou aprender várias coisas nesse gtd eu quero terminar o ano neste gtd e ano que vem eu quero ser deste gtd,que é muito legal e a professora sara é muito legal,e as cronicas sao muito interessantes e eu neste gtd vou aprender a escrever cronicas bem legais eu adoro o gtd de cronicas, ah tem mais uma coisa algumas cronicas que brincam com as palavras e isso é muito legal.


matheus6b

O QUE É CRÔNICA? POR MAIARA


Crônicas são textos baseados em fatos do nosso dia-a-dia ,com um toque de
humor e uma brincadeira com as palavras.Isso torna a crônica
divertida e gostosa de se ouvir , e a diferencia de um jeito legal
dos outros textos.
Aluna:Maiara

O QUE É CRÔNICA? POR PEDRO ANJOS


Cronica
"Cronica é um género literário produzido essencialmente para ser veiculado na
imprensa, seja nas páginas de uma revista, seja nas páginas de um jornal. Quer dizer, ela é feita com uma finalidade utilitária e pré-determinada: agradar aos leitores dentro de um espaço sempre igual e com a mesma localização, criando-se assim, no transcurso dos dias ou das semanas, uma familiaridade entre o escritor
e aqueles que o lêem."

Fonte:Wikipédia.

Caracteristicas das cronicas

As cronicas podem estar em todo lugar em jonal, revistas e livros.

Algumas são de criticas outras são 'gosamento' outras de romanses e outras do dia-a-dia.


Cronicas e muito legal !!!!!
pedro henrique lopes dos anjos

O QUE É CRÔNICA? POR ...

o que e cronica ?Crônica é o único gênero literário produzido essencialmente para ser veiculado na imprensa, seja nas páginas de uma revista, seja nas de um jornal. Quer dizer, ela é feita com uma finalidade utilitária e pré-determinada: agradar aos leitores dentro de um espaço sempre igual e com a mesma localização, criando-se assim, no transcurso dos dias ou das semanas, uma familiaridade entre o escritor e aqueles que o lêem.CaracterísticasA crônica é, primordialmente, um texto escrito para ser publicado no jornal. Assim o fato de ser publicada no jornal já lhe determina vida curta, pois à crônica de hoje seguem-se muitas outras nas próximas edições. Há semelhanças entre a crônica e o texto exclusivamente informativo. Assim como o repórter, o cronista se inspira nos acontecimentos diários, que constituem a base da crônica. Entretanto, há elementos que distinguem um texto do outro. Após cercar-se desses acontecimentos diários, o cronista dá-lhes um toque próprio, incluindo em seu texto elementos como ficção, fantasia e criticismo, elementos que o texto essencialmente informativo não contém. Com base nisso, pode-se dizer que a crônica situa-se entre o Jornalismo e a Literatura, e o cronista pode ser considerado o poeta dos acontecimentos do dia-a-dia. A crônica, na maioria dos casos, é um texto curto e narrado em primeira pessoa, ou seja, o próprio escritor está "dialogando" com o leitor.Fonte(s):♫uso da reslidade dsa escrita : linguagem ♫ uso do fato com um pretexto para o artista exerse seu estilo e criatividade. ♫ pode ser uma narrativa imformal , familiar coloquial ♫uso da reslidade dsa escrita : linguagem coloquial .♫ uso do fato eu acho que uma cronica deveria ter :♫ pode ser uma narrativa imformal , familiarintimista ...♫ pode ter sensibilidade no comtato com a realidade♫ diz coisas sérias por meio de uma aparente conversa fiada .♫e um fato moderno : esta sujeito a rapida tranformaçoes e s fugacidade da vida moderna.♫ pode ter sensibilidade no comtato com a realidade.♫ diz coisas sérias por meio de uma aparente conversa fiada .♫ uso do fato comom meio de pretexto poara o artista exerser seu estilo e criatividade .♫Síntese.

LUIS FERNANDO VERÍSSIMO POR ...



Luis Fernando Verissimo



Luis Fernando Verissimo é considerado um dos maiores cronistas da
contemporaneidade. Além de contribuir diariamente com textos para jornais e revistas
de todo o país, tem parte considerável de suas crônicas reunidas em forma de livros, que
figuram na lista dos mais vendidos dos últimos tempos. É também romancista, contista,
cartunista e músico, sendo na crônica que sua obra ganha mais destaque.
Um dos traços característicos de suas narrativas é a comicidade, apresentando
em suas crônicas uma visão descontraída dos fatos do dia-a-dia
.

alguma isso significa que os temas abordados sejam tratados de forma superficial.

O QUE É CRÔNICA? POR JÚLIA


Ligada à vida cotidiana;
Narrativa informal, familiar, intimista;
Uso da oralidade na escrita: linguagem coloquial;
Sensibilidade no contato com a realidade;
Síntese;
Uso do fato como meio ou pretexto para o artista exercer seu estilo e criatividade;
Dose de lirismo;
Natureza ensaística;
Leveza;
Diz coisas sérias por meio de uma aparente conversa fiada;
Uso do humor;
Brevidade;
É um fato moderno: está sujeita à rápida transformação e à fugacidade da vida moderna.
Ass:JULIA

O QUE É CRÔNICA? POR JENNIFER














Cronica,é uma narraçao ,ou seja uma pequena historia que sao publicados em jornais ,livros etc..

Caracteristicas:Uma cronica pode ser em primeira ou segunda pessoa .
Tambem pode ser sentinmental ou despojada ,basseada em fatos reais ou nao.
Possui uma linguangem ironica ,seria e humoristica.
Ligada a vida cotidiana.
Narrativa Infornal,Familiar,Intimista
Texto curto inteligavel.
Linguagem em duplo sentido/jogo das palavras/


Ass: JENNIFER

O QUE É CRÔNICA? POR ...

crônica é uma espécie de texto engraçado que brinca com o nosso dia a dia e com a maneira de fazer as coisase uma narraçao um termo atribuido por exemplo nos noticiarios e jornais e um unico genero literario

LUIS FERNANDO VERÍSSIMO POR LUCAS, ANA GABRIELA, FERNANDA E ANA CLARA.


Luis Fernando Verissimo nasceu em 26 de setembro 1936, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Filho do grande escritor Érico Veríssimo, iniciou seus estudos no Instituto Porto Alegre, tendo passado por escolas nos Estados Unidos quando morou lá, em virtude de seu pai ter ido lecionar em uma universidade da Califórnia, por dois anos. Voltou a morar nos EUA quando tinha 16 anos, tendo cursado a Roosevelt High School de Washington, onde também estudou música, sendo até hoje inseparável de seu saxofone."Um escritor que passasse a respeitar a intimidade gramatical das suas palavras seria tão ineficiente quanto um gigolô que se apaixonasse pelo seu plantel. Acabaria tratando-as com a deferência de um namorado ou com a tediosa formalidade de um marido. A palavra seria sua patroa! Com que cuidados, com que temores e obséquios ele consentiria em sair com elas em público, alvo da impiedosa atenção de lexicógrafos, etimologistas e colegas. Acabaria impotente, incapaz de uma conjunção. A Gramática precisa apanhar todos os dias para saber quem é que manda." (O Gigolô das palavras).
Lucas
Luis Fernando Verissimo é um escritor brasileiro. Mais conhecido por suas crônicas e textos de humor, publicados diariamente em vários jornais brasileiros, Verissimo é também cartunista e tradutor, além de roteirista de televisão, autor de teatro e romancista bissexto. Já foi publicitário e copy desk de jornal. É ainda músico, tendo tocado saxofone em alguns conjuntos. Com mais de 60 títulos publicados, é um dos mais populares escritores brasileiros contemporâneos. Ana Gabriela
Luis Verissimo é um crônisata muito famoso e podemos até saber o porquê,ele é muito criativo e aqui está um exemplo de sua criatividade,uma de suas mais famosas crônicas:
Princesa Sapo
Era uma vez... numa terra muito distante...uma princesa linda, independente e cheia de auto-estima.Ela se deparou com uma rã enquanto contemplava a natureza e pensava em como o maravilhoso lago do seu castelo era relaxante e ecológico...Então, a rã pulou para o seu colo e disse: linda princesa, eu já fui um príncipe muito bonito.Uma bruxa má lançou-me um encanto e transformei-me nesta rã asquerosa.Um beijo teu, no entanto, há de me transformar de novo num belo príncipe e poderemos casar e constituir lar feliz no teu lindo castelo.A tua mãe poderia vir morar conosco e tu poderias preparar o meu jantar, lavar as minhas roupas, criar os nossos filhos e seríamos felizes para sempre...Naquela noite, enquanto saboreava pernas de rã sautée, acompanhadas de um cremoso molho acebolado e de um finíssimo vinho branco, a princesa sorria, pensando consigo mesma:- Eu, hein?... nem morta!
Este crônista contém um talento e uma criatividade sem tamanho e isso é só um pouco do que ele representa nas crônicas brasileiras.Fernandinha
LUIZ FERNANDO VERICIMO
E um escritor famoso por escrever cronicas , ele escreve cronicas de varios generos ,verdades ,mintiras ,engraçadas e sem graça de todos os tipos.
Ele nasceu em Porto Alegre filho de Erico Verisimo e Lucia .Ele comesçou a careiracomo jornalista ele foi cresendo nisto e se transformou em um grande autor.
Ana Clara!!

ANA LUIZA

misão 1 quem nos somos ?

OLA EU SOU A ANA LUIZA MAS TODOS ME CHAMAN
DE ANINHA ♥.

EU VOU FALAR UM POUCO DE MIM PARA VOCÊ SABER MAIS DE MIM ......♥♥.
COMIDAS: OMEU PRETO PREDILETO E UMA LASANHA ,EU NÃO TROCO NADA POR UMA LASANHA

GOSTO MUITO DE JOGAR VOLEI, PETECA E PAREDÃO.


ola essa sou eu ana luiza ♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥

O QUE É CRÔNICA? POR FERNANDA



Legal e única é essa a mensagem que a crônica nos passa.
As principais caracteritícas de uma cronica são:

É um texto leve de ler e que varia de tamanho.
Quase não se contém tantos personagens como na história.
As cronicas por sua vez,irá variar na ironia mas isso também,vai depender do gosto da pessoa.
A crônica varia no seu modo de se expressar e da mensagem que deseja se passar ao leitor e etc.
Sempre contém uma pitada de humor e principalmente criatividade,dentro dela há fatos que ocorrem no cotidiano e fantasiosos.
Irá sempre depender do cronista que escrever essa crônica e do modo como ela é publicada para entendermos o que ela significa.
Cada crônica significa uma coisa mas em geral,crônica é uma só e sempre teramos dúvidas sobre o que na verdade significa crônica pois ela contém tantas características que é até difícil contar nos dedos.
A crônica tem como a sua caracteristíca importante em ser muito criativa e muito complicada.
É isso que significa crônica e suas caracteristícas.

Fontes:Minha cabeça e um pouco das caracteritícas que a Sara postou.
ASS:FERNANDINHA



O QUE É CRÔNICA? POR ANA CLARA

Crônica é um texo pequeno ,que geralmente conta sobre o cotideano ,mas nem sempre pode ser uma historia sobre o cotidiano, mas pode ser uma historia ficticia .Resumindo tudo , crônica e um tipo de texto divertido que pode contar varios tipos de historias das mais verdadeiras as mais mentirosas!!

ANA CLARA

SEGURANÇA

SEGURANÇA
Luis Fernando Verissimo

O ponto de venda mais forte do condomínio era a sua segu­rança. Havia as belas casas, os jardins, os playgrounds, as piscinas, mas havia, acima de tudo, segurança. Toda a área era cercada por um muro alto. Havia um portão principal com muiros guardas que controlavam tudo por um circuito fechado de TV: Só entravam no condomínio os proprietários e visitantes devidamente identificados e crachados.

Mas os assaltos começaram assim mesmo.

Ladrões pulavam os muros e assaltavam as casas. Os condôminos decidiram colocar torres com guardas ao longo do muro alto. Nos quatro lados. As inspeções tornaram-se mais rigoro­sas no portão de entrada. Agora não só os visitantes eram obrigados a usar crachá. Os proprietários e seus _familiares também. Não passava ninguém pelo portão sem se identificar para a guarda. Nem as babás. Nem os bebês.

Mas os assaltos continuaram.

Decidiram eletrificar os muros. Houve protestos, mas no fim todos concordaram. O mais importante era a segurança. Quem tocasse no fio de alta tensão em cima do muro morreria eletrocutado. Se não morresse, atrairia para o local um batalhão de guardas com ordens de atirar para matar.

Mas os assaltos continuaram.

Grades nas janelas de todas as casas. Era o jeito. Mesmo se os ladrões ultrapassassem os altos muros, e o fio de alta tensão, e as patru­lhas, e os cachorros, e a segunda cerca, de arame farpado, erguida dentro do perímetro, não conseguiriam entrar nas casas. Todas as janelas foram engradadas.

Mas os assaltos continuaram.

Foi feito um apelo para que as pessoas saíssem de casa o mínimo possível. Dois assaltantes tinham entrado no condomínio no banco de trás do carro de um proprietário, com um revólver apontado para a sua nuca. Assaltaram a casa, depois saíram no carro roubado, com crachás roubados. Além do controle das entradas, passou a ser feito um rigoroso controle das saídas. Para sair, só com um exame demorado do crachá e com autorização expressa da guarda, que não queria conversa nem acei­tava suborno.

Mas os assaltos continuaram.

Foi reforçada a guarda. Construíram uma terceira cerca. As fa­mílias de mais posses, com mais coisas para serem roubadas, mudaram­se para uma chamada área de segurança máxima. E foi tomada uma medida extrema. Ninguém pode entrar no condomínio. Ninguém. Vi­sitas, só num local predeterminado pela guarda, sob sua severa vigilância e por curtos períodos.
E ninguém pode sair.

Agora, a segurança é completa. Não tem havido mais assaltos.

Ninguém precisa temer pelo seu patrimônio. Os ladrões que passam pela calçada só conseguem espiar através do grande portão de ferro e talvez avistar um ou outro condômino agarrado às grades da sua casa, olhando melancolicamente para a rua.Mas surgiu outro problema.As tentativas de fuga. E há motins constantes de condôminos que tentam de qualquer maneira atingir a liberdade.A guarda tem sido obrigada a agir com energia.

PERGUNTA PARA SER RESPONDIDA EM COMENTÁRIOS:
1) QUAL FOI A SOLUÇÃO TOMADA PELOS MORADORES DESSE CONDOMÍNIO? FOI UMA BOA SOLUÇÃO? QUAL É A IRONIA PRESENTE NESSA HISTÓRIA?

EXPERIÊNCIA

EXPERIÊNCIA
Luis Fernando Verissimo

Uma vez fizeram uma experiência. Criaram um macaco dentro de uma jaula com dois bonecos que substituíam a mãe dele. Um era um boneco duro e frio, mas que lhe dava leite. O outro não dava leite, mas era quente e acolchoado como costumam ser as mães. Então assustavam o macaquinho para ver se ele corria para a mãe que o alimentava ou para a mãe que lhe dava colo. E ele invariavelmente corria para a mãe aconchegante. Acho que uma experiência parecida poderia ser feita não com macacos, mas com crianças, e não com mães mecânicas, mas com um livro e uma televisão. Uma experiência hipotética, claro; longe de mim su­gerir que se coloquem crianças em jaulas para assustá-Ias e testar suas reações. O que equivaleria à mãe que alimenta mas não dá ca­lor, o livro ou a televisão? Como ainda sou parcial a Gutenbergl, gosto de pensar que uma criança pode receber tudo o que pre­cisa da televisão, mas que nada substitui o prazer tátil, o calor de um livro, e que sua relação com a informação impressa sempre será mais humana e atraente. Mas tenho a impressão de que a experiência me decepcionaria. Provocada a procurar a informação pelo meio que mais lhe dá prazer ou segurança, uma criança mo­derna a princípio me encheria de esperança dirigindo-se para um livro. Mas em seguida me desiludiria. Carregaria o livro até a fren­te da televisão e o usaria como um degrau para alcançar o botão da TV.


1. Johannes Gensfleish Gutenberg (1397-1468), inventor alemão, criador de um sistema de imprensa que possibilitou a reprodução dos livros em maior quantidade.

PERGUNTA PARA SER RESPONDIDA EM COMENTÁRIOS:

1) COMO VOCÊ RESPONDERIA A ESSA PERGUNTA: "O QUE EQUIVALERIA À MÃE QUE ALIMENTA MAS NÃO DÁ CALOR, O LIVRO OU O COMPUTADOR"?? SEJA SINCERO E JUSTIFIQUE A SUA RESPOSTA

HISTÓRIA ESTRANHA

História Estranha
LUIS FERNANDO VERISSIMO

Um homem vem caminhando por um parque quando de re­pente se vê com sete anos de idade. Está com quarenta, quarenta e poucos. De repente dá com ele mesmo chutando uma bola perto de um banco onde está a sua babá fazendo tricô. Não tem a menor dúvida de que é ele mesmo. Reconhece a sua própria cara, reconhece o banco e a babá. Tem uma vaga lembrança daquela cena. Um dia ele estava jogando bola no parque quando de repente aproximou-se um homem e ... O homem apro­xima-se dele mesmo. Ajoelha-se, põe as mãos nos seus ombros e olha nos seus olhos. Seus olhos se enchem de lágrimas. Sente uma coisa no peito. Que coisa é a vida. Que coisa pior ainda é o tempo. Como eu era inocente. Como meus olhos eram limpos. O homem tenta dizer algu­ma coisa, mas não encontra o que dizer. Apenas abraça a si mesmo, longamente. Depois sai caminhando, chorando, sem olhar para trás. O garoto fica olhando para a sua figura que se afasta. Também se reconheceu. E fica pensando, aborrecido: quando eu tiver quarenta, quarenta e poucos anos, como eu vou ser sentimental!

PERGUNTA PARA SER RESPONDIDA EM COMENTÁRIOS:
1) Ao perceber que o senhor era ele mesmo o garoto pensou: "quando eu tiver quarenta, quarenta e poucos anos, como eu vouser sentimental!". Como você acha que vai ser quando tiver quarenta e poucos anos?

A BOLA

A BOLA
Luis Fernando Veríssimo

o pai deu uma bola de presente ao filho. Lembrando o prazer que sentira ao ganhar a sua primeira bola do pai. Uma número 5 sem tento oficial de couro. Agora não era mais de couro, era de plástico. Mas era uma bola.
O garoto agradeceu, desembrulhou a bola e disse "Legal!". Ou o que os garotos dizem hoje em dia quando gostam do presente ou não querem magoar o velho. Depois começou a girar a bola, à procura de alguma coisa.
- Como é que liga? - perguntou.
- Como, como é que liga? Não se liga.
O garoto procurou dentro do papel de embrulho. - Não tem manual de instrução?
O pai começou a desanimar e a pensar que os tempos são outros. Que os tempos são decididamente outros.
- Não precisa manual de instrução.
- O que é que ela faz?
- Ela não faz nada. Você é que faz coisas com ela.
-Oquê?
- Controla, chuta ...
- Ah, então é uma bola.
- Claro que é uma bola.
- Uma bola, bola. Uma bola mesmo.
- Você pensou que fosse o quê?
-Nada, não.
O garoto agradeceu, disse "Legal" de novo, e dali a pouco o pai o encontrou na frente da tevê, com a bola nova do lado, manejando os controles de um videogame. Algo chamado Monster Ball, em que times de monstrinhos disputavam a posse de uma bola em forma de h/ip ele­trônico na tela ao mesmo tempo que tentavam se destruir mutuamente. O garoto era bom no jogo. Tinha coordenação e raciocínio rápido. Esta­va ganhando da máquina.
O pai pegou a bola nova e ensaiou algumas embaixadas. Conse­guiu equilibrar a bola no peito do pé, como antigamente, e chamou o garoto.
- Filho, olha.
O garoto disse "Legal" mas não desviou os olhos da tela. O pai segurou a bola com as mãos e a cheirou, tentando recapturar mental­mente o cheiro de couro. A bola cheirava a nada. Talvez um manual de instrução fosse uma boa idéia, pensou. Mas em inglês, para a garotada se interessar.

PERGUNTA PARA SER RESPONDIDA EM COMENTÁRIOS:

1) "Essa é uma crônica que fala sobre conflitos de gerações", você concorda com essa afirmação? Qual era o conflito entre o pai e o filho?

DOIS MAIS DOIS

Dois mais dois
Luis Fernando Verissimo

O Rodrigo não entendia por que precisava aprender matemáti­ca, já que a sua minica1culadora faria todas as contas por ele, pelo resto da vida, e então a professora resolveu contar uma história. Contou a história do Super Computador.
Um dia, disse a professora, todos os computadores do mundo serão unificados num único sistema, e o centro do sistema será em alguma cidade do Japão. Todas as casas do mundo, todos os lu­gares do mundo, terão terminais do Super Computador. Toda a informação do mundo estará nos circuitos do Super Computador. As pessoas usarão o Super Computador para compras, para reca­dos, para reservas de avião, para consultas sentimentais. Para tudo.
Ninguém mais precisará de relógios individuais, de livros ou de calculadoras portáteis. Não precisará mais nem estudar. Tudo que alguém quiser saber sobre qualquer coisa estará na memória do Super Computador, ao alcance de qualquer um. Em milésimos de segundo a resposta à consulta estará na tela mais próxima. E haverá bilhões de telas espalhadas por onde o homem estiver, desde lavatórios públicos até estações espaciais. Bastará ao homem apertar um botão para ter a informação que quiser.
Um dia um garoto perguntará ao pai: - Pai, quanto é dois mais dois?
- Não pergunte a mim - dirá o pai -, pergunte a Ele.
E o garoto digitará os botões apropriados e num milésimo de
segundo a resposta aparecerá na tela. E então o garoto dirá: - Como é que sei que essa resposta é certa?
- Porque Ele disse que é certa - responderá o pai.
- E se Ele estiver errado?
- Ele nunca erra.
- Mas se estiver?
- Sempre podemos contar nos dedos.
- O quê?
- Contar nos dedos, como faziam os antigos. Levante dois
dedos. Agora mais dois. Viu? Um, dois, três, quatro. O Computador está certo.
- Mas, pai, e 362 vezes 17? Não dá para contar nos dedos. A não ser reunindo muita gente e usando os dedos das mãos e dos pés. Como saber se a resposta d'Ele está certa?
Aí o pai suspirou e disse: - Jamais saberemos ...
O Rodrigo gostou da história, mas disse que, quando ninguém mais soubesse matemática e não pudesse pôr o Computador à prova, então não faria diferença se o Computador estava certo ou não, já que a sua resposta seria a única disponível e, portanto, a certa, mesmo que estivesse errada, e ...
Aí foi a vez de a professora suspirar.

PERGUNTA PARA SER REPONDIDA EM COMENTÁRIOS:
1) POR QUE NO TEXTO QUANDO O AUTOR SE REFERE AO SUPER COMPUTADOR COLOCA "Ele" COM LETRA MAIÚSCULA? O QUE VOCÊ ACHARIA SE ESSE SUPER COMPUTADOR REALMENTE EXISTISSE?

MISSÃO NÚMERO QUATRO











Então pessoal, tudo jóia com vocês?
Bom, como foi dito na nossa primeira aula do GTD, eu escolhi CINCO autores brasileiros, cronistas renomados para estudarmos algumas de suas obras e textos.
São eles:
Luis Fernando Verissimo
Mário Prata
Fernando Sabino
Luiz Vilela
Alberto Villas.

HOJE, IREMOS ABORDAR A OBRA DO LUIS FERNANDO VERÍSSIMO. ASSIM, VOCÊS TÊM UMA MISSÃO QUE SERÁ FEITA COLETIVAMENTE EM UMA ÚNICA POSTAGEM. ALGUÉM COMEÇA O TEXTO E OS OUTROS VÃO EDITANDO A POSTAGEM ACRESCENTANDO NOVAS INFORMAÇÕES.
O QUE É IMPORTANTE VOCÊS COLOCAREM NESSA POSTAGEM:
1- nome/ local e data de nascimento do autor
2- a sua carreira literária
3- principais obras
4- estilo do escritor
5- curiosidades, etc

Mãos à obra!!!

Sara Villas

O QUE É CRÔNICA? POR SARA

Achei no livro de português da minha filha (Entre palavras). gostei. aí está:


Crônica é um tipo de narrativa que tem as seguintes características principais:

1- texto de curta extensão e de leitura leve, fácil

2- o assunto é um fato ou uma situação comum, do cotidiano;

3- o enredo é bem simples (acontecem poucas coisas na historia)

4- há poucos personagens (às vezes apenas um)

5- os objetivos de uma cronica são muito variados: fazem rir, fazem pensar sobre um assunto, rememorar fato vividos, criticar uma situação social, etc.

É isso aí,

Sara Villas

O QUE É CRÔNICA? POR ANA GABRIELA







Crônica e uma narração segundo um tempo.Pode estar presente em comentarios ou ate noticiários... presente em páginas de um jornal, de revistas, de livros.

Ela e escrita beseada normalmente no cotidiano com sempre uma ironia;dividida em temas estão organizadas.Lembrando que ela nao deixa de ser um texto,com suas caracteristicaas como o tamanho.A palavra crônica vem do Latim chronica que significava, no início da era cristã, o relato de acontecimentos em ordem cronológica (a narração de histórias segundo a ordem em que se sucedem no tempo). Era, portanto, um breve registro de eventos. No século XIX, com o desenvolvimento da imprensa, a crônica passou a fazer parte dos jornais. Ela apareceu pela primeira vez em 1799, no Journal de Débats, publicado em Paris.A crônica tem vários 'tipos' a narrativa,descritiva,dissertativa,narrativo-descritiva,humorística,lírica,poética,jornalistica,e, historica.