terça-feira, 15 de setembro de 2009

SEGURANÇA

SEGURANÇA
Luis Fernando Verissimo

O ponto de venda mais forte do condomínio era a sua segu­rança. Havia as belas casas, os jardins, os playgrounds, as piscinas, mas havia, acima de tudo, segurança. Toda a área era cercada por um muro alto. Havia um portão principal com muiros guardas que controlavam tudo por um circuito fechado de TV: Só entravam no condomínio os proprietários e visitantes devidamente identificados e crachados.

Mas os assaltos começaram assim mesmo.

Ladrões pulavam os muros e assaltavam as casas. Os condôminos decidiram colocar torres com guardas ao longo do muro alto. Nos quatro lados. As inspeções tornaram-se mais rigoro­sas no portão de entrada. Agora não só os visitantes eram obrigados a usar crachá. Os proprietários e seus _familiares também. Não passava ninguém pelo portão sem se identificar para a guarda. Nem as babás. Nem os bebês.

Mas os assaltos continuaram.

Decidiram eletrificar os muros. Houve protestos, mas no fim todos concordaram. O mais importante era a segurança. Quem tocasse no fio de alta tensão em cima do muro morreria eletrocutado. Se não morresse, atrairia para o local um batalhão de guardas com ordens de atirar para matar.

Mas os assaltos continuaram.

Grades nas janelas de todas as casas. Era o jeito. Mesmo se os ladrões ultrapassassem os altos muros, e o fio de alta tensão, e as patru­lhas, e os cachorros, e a segunda cerca, de arame farpado, erguida dentro do perímetro, não conseguiriam entrar nas casas. Todas as janelas foram engradadas.

Mas os assaltos continuaram.

Foi feito um apelo para que as pessoas saíssem de casa o mínimo possível. Dois assaltantes tinham entrado no condomínio no banco de trás do carro de um proprietário, com um revólver apontado para a sua nuca. Assaltaram a casa, depois saíram no carro roubado, com crachás roubados. Além do controle das entradas, passou a ser feito um rigoroso controle das saídas. Para sair, só com um exame demorado do crachá e com autorização expressa da guarda, que não queria conversa nem acei­tava suborno.

Mas os assaltos continuaram.

Foi reforçada a guarda. Construíram uma terceira cerca. As fa­mílias de mais posses, com mais coisas para serem roubadas, mudaram­se para uma chamada área de segurança máxima. E foi tomada uma medida extrema. Ninguém pode entrar no condomínio. Ninguém. Vi­sitas, só num local predeterminado pela guarda, sob sua severa vigilância e por curtos períodos.
E ninguém pode sair.

Agora, a segurança é completa. Não tem havido mais assaltos.

Ninguém precisa temer pelo seu patrimônio. Os ladrões que passam pela calçada só conseguem espiar através do grande portão de ferro e talvez avistar um ou outro condômino agarrado às grades da sua casa, olhando melancolicamente para a rua.Mas surgiu outro problema.As tentativas de fuga. E há motins constantes de condôminos que tentam de qualquer maneira atingir a liberdade.A guarda tem sido obrigada a agir com energia.

PERGUNTA PARA SER RESPONDIDA EM COMENTÁRIOS:
1) QUAL FOI A SOLUÇÃO TOMADA PELOS MORADORES DESSE CONDOMÍNIO? FOI UMA BOA SOLUÇÃO? QUAL É A IRONIA PRESENTE NESSA HISTÓRIA?

7 comentários:

  1. 1-Proteger tanto o condominio até terminar com a liberdade dos moradores.Nao foi uma boa solução pois a segurança causou outro problema a falta de liberdade.os seguranças tomarem a liberdade dos moradores nao e culpa deles serem assaltados.

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  2. Uma coisa muita inteligente decidiram que as pessoas não poderian maos sair do condominio.
    As pessoas ficaram presas la dentro.
    Ana Clara.

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  3. 1 ) eles queriam proteger muito o comdominio
    para não haver mais assaltos , colocaram varia coisas no predio mas m,esmo assim havia assaltos
    ai ele tomaRm uma desisão que foi ruim quer era não deixar os moradores sairem mais do predio.
    foi ruim pois os mordores não iriam ter mais liberdade para sair doi predio .

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  4. eles queriam proteger o comdominio de ´pessoas que adoram roubar os carros e as pessoas

    MATHEUS

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  5. Eles queriam proteger o condominío de qualquer ladrão e chegaram no limite de naum deixar as pessoas sairem de lá.Eu acho q naum foi uma solução pois,eles deviam ter pensado em colocar crachares em q queria sair pq assim,os guardas iriam ver que eles eram moradores do condominío.
    Sempre tbm devemos pensar em nós.
    Fernandinha

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  6. Proteger exageradamente= torres com guarda ao longo do muro alto,eletrificar os muros,grades nas janelas de todas as casas,mais cercas elétricas,estranhos não pode entrar no comdomínio.
    Não foi uma boa solução.
    As medidas tomadas para a segurança.

    Ana Gabriela

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